quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Traficantes presos lavaram R$ 20 milhões em imóveis e carros de luxo


Imóveis apreendidos na operação ficam em Natal e em Parnamirim (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A quadrilha presa nesta terça-feira (6) na operação Medellín, do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio Grande do Norte, é suspeita de ter lavado cerca de R$ 20 milhões com a compra de imóveis e carros de luxo. Entre os presos estão os advogados Ana Paula Nelson e Allan Clayton Pereira de Almeida, suspeitos de associarem aos traficantes. Até o começo da tarde desta terça, 14 pessoas já tinham sido presas na ação.

Segundo os promotores de Justiça Flávio Pontes e Rodrigo Câmara, os imóveis e carros apreendidos em poder da quadrilha foram adquiridos com o tráfico de drogas. “Essa quadrilha era bem articulada. Para se ter ideia do quanto movimentavam, na casa de um dos presos foi encontrada até mesmo uma máquina para contar dinheiro”, falaram.

Armas e máscaras estavam em poder de integrantes da quadrilha presa no RN (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Além dos imóveis e carros, foram apreendidos jóias, máscaras, binóculos, armas e cerca de 300 litros de gasolina, que estavam estocados na casa de um dos presos. Segundo a Polícia Civil, a suspeita é que esse combustível pudesse ser usado em ataques criminosos semelhantes aos registrados em julho e agosto passados em todo o Rio Grande do Norte.
Os presos na operação Medellín são suspeitos de tráfico de drogas, associação com o tráfico e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram expedidos 14 mandados de prisão, 12 de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada) e 26 de busca e apreensão.

Máquina usada para contar dinheiro foi apreendida com a quadrilha (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O MP afirma também que os chefes da quadrilha “adquiriram vultuoso patrimônio decorrente do tráfico de drogas, transferindo a administração desses bens a terceiras pessoas que àqueles se associaram criminalmente, dissimulando a propriedade dos bens adquirido com o tráfico”, e que “a investigação também comprovou a participação dos advogados Ana Paula Nelson e Allan Clayton Pereira de Almeida e do falecido policial civil Iriano Serafim Feitosao na associação criminosa.
As investigações vêm sendo realizadas em conjunto pela Polícia Civil, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e 80ª Promotoria de Justiça, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Participam da operação 21 delegados, 110 agentes e escrivães e mais quatro promotores de Justiça.

Máquina usada para contar dinheiro foi apreendida com a quadrilha (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
*G1RN
 

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